Carta Aberta à Compulsão Alimentar

Compartilho esta carta na esperança de que, ao lê-la, você tome a decisão crucial de enfrentar e tratar a compulsão alimentar. É hora de seguir em frente, buscar ajuda profissional e dedicar-se ao cuidado pessoal. Aprender a fazer uso da comida não mais como uma fuga, mas sim uma fonte de nutrição e prazer. Eu desejo que, ao absorver estas palavras, você encontre (ou comece a encontrar) a força necessária para reconstruir o seu relacionamento com a comida.

“Querida” Compulsão Alimentar,

Hoje, escrevo esta carta para me despedir de você, compulsão alimentar, que foi uma presença constante em minha vida por tanto tempo (qualquer tempo com você é tempo demais).

Chegou o momento de seguir em frente, de me desapegar de você, sair desse ciclo vicioso e aprender a viver sem seu falso conforto e efeito anestésico momentâneo. Quero construir o meu caminho de paz, com a comida, com meu corpo e com minha saúde física e mental, abrindo assim espaço para viver a vida com presença e não apenas sobreviver, como tem sido sempre que recorro a você.

A sensação de estar no fundo do poço e sem esperança é horrível, e é horrível também saber que nem você pode ser útil mais. Compulsão alimentar, para mim, não está fazendo mais sentido usar a comida dessa forma! Sim, admito que você teve algumas funções em minha vida. Foi minha companhia, meu escudo, minha distração, minha anestesia. Você preenchia, de forma desajeitada, o vazio que eu não queria ver, nem lidar. Enfim, você foi meu conforto no meio do caos.

No entanto, com o passar do tempo, fui me dando conta do quanto você tem ganhado forças (e eu perdido as minhas), apesar de minhas tentativas de tentar me alimentar melhor, para conseguir me livrar do peso a mais que tenho acumulado em meu corpo desde que você chegou. Tenho vergonha de mim, do meu corpo, do ponto em que cheguei. Tento me privar de certos alimentos, mas quando vejo comi quaisquer outros. O descontrole chegou a tal ponto que basta ser comestível; não precisa nem estar “pronto”.

Já comecei inúmeros tratamentos para emagrecimento e tentei continuar sozinha quando percebia que emagrecia, mas depois de um tempo (após um mês, uma semana ou no final de quase todos os dias), você sempre voltava. Foi então que me dei conta de que não é uma questão de tratar o “peso”, e que na verdade preciso de ajuda para tratar você (compulsão alimentar).

Eu entendo que a jornada para te superar não será fácil, mas continuar do jeito que está é ainda pior. Vou encontrar desafios, recaídas e momentos de fraqueza, mas estou comprometida a olhar para eles, aprender (com eles) e seguir em frente, pois é assim que se constrói novos caminhos.

Decidi buscar ajuda profissional e ter um sistema de apoio forte ao meu redor, enquanto eu ainda não tenho essa força toda. Preciso aprender a reconhecer e lidar com minhas emoções de outras maneiras, em vez de recorrer a comida. Também preciso aprender a me alimentar melhor, a ter bom senso com as informações sobre alimentação saudável, receber orientações específicas para mim, restabelecer a confiança em meu corpo para aprender a responder aos sinais dele, para que eu consiga comer melhor e ter um bom relacionamento com a comida e com meu corpo.

A partir de agora, vou me dedicar a cuidar de mim de maneira completa com autocompaixão e autocuidado. Conforme eu for me reencontrando, você ficará cada vez mais fraca até sobrar apenas uma vaga lembrança. Esta carta marca o fim de nossa relação tóxica e o início de uma nova jornada em busca de bem-estar e autoconhecimento.

Adeus, compulsão alimentar.

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O que é Nutrição Comportamental?

A ciência da nutrição tem suas raízes na biologia e se dedica ao estudo do funcionamento do corpo humano (fisiologia) e como os alimentos podem ajudar a tratar desequilíbrios nutricionais em diferentes fases da vida, com o objetivo de tratar e prevenir doenças.

A nutrição tradicional geralmente consiste em prescrever cardápios para corrigir deficiências ou excessos de nutrientes, controlar a glicemia e tratar doenças relacionadas. No entanto, muitas pessoas enfrentam dificuldades em aplicar teorias de cardápio à prática do seu cotidiano, resultando em insatisfação e falta de resultados a longo prazo. É aí que a nutrição comportamental entra em cena.

A abordagem comportamental da nutrição não se limita aos aspectos biológicos da relação entre seres humanos e alimentos, mas considera também os aspectos psicológicos, sociais e culturais que influenciam a alimentação. O nutricionista comportamental entende que, a longo prazo, não é suficiente dizer ao paciente o que ele deve ou não deve comer, mas sim trabalhar a relação da pessoa com a comida, visando a mudança de hábitos alimentares por meio de ferramentas diversas, como diários de auto-observação, metas de comportamento alimentar e, em alguns casos, cardápios com opções variadas de refeições com o objetivo de melhorar a organização da rotina alimentar e ter uma visão mais ampla e clara da própria estrutura da alimentação sem estimular restrições alimentares.

A mudança de hábitos alimentares é a chave para o sucesso do tratamento e prevenção de doenças relacionadas à nutrição, bem como no tratamento de pessoas com comportamentos alimentares disfuncionais, como a compulsão alimentar, a restrição alimentar excessiva e a culpa em relação à comida. A nutrição comportamental é uma abordagem completa e humanizada, que tem como objetivo ajudar as pessoas a construírem uma relação mais saudável, prazerosa e sustentável com a alimentação.

Se você tem alguma preocupação em relação à sua alimentação, ou sabe o que fazer, mas não consegue colocar em prática ou manter por muito tempo, considere buscar o acompanhamento de um nutricionista comportamental para ajudá-lo nessa jornada. Invista em sua saúde e qualidade de vida, e transforme sua relação com a comida em uma fonte de prazer e bem-estar.

Nutricionista Comportamental Giseli Reis | CRN3 29082

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Fonte: Alvarenga, Marle; Figueiredo, Manoela; Timerman, Fernanda; Cynthia, Antonaccio (orgs.). Nutrição Comportamental. 2. ed. Barueri: Editora Manole, 2019.

Quero emagrecer, por onde começo?

Você não precisa começar uma dieta hoje! Ao invés de restringir e mudar o que você come radicalmente, comece observando os seguintes aspectos:

Antes de comer:
Quais são os seus pensamentos?
O que você sente fisicamente no seu corpo?
Como está a sua disposição, sua concentração e seu humor?

Enquanto estiver comendo preocupe-se apenas em comer. Curta esse momento, você está nutrindo o seu corpo e isso é necessário. Permita-se sentir prazer com o que você está comendo, não dê lugar para a culpa.

Na “metade do prato” avalie quanto ainda parece ser necessário comer para que você se senta bem e saciado, sem ter mais os sinais de fome que você reconheceu antes de começar a comer.

Se sobrar e puder, guarde. Se sobrar e não tiver como guardar, lembre-se de que você superestimou sua fome e na próxima refeição pode pensar em pegar uma porção menor. E se pegou menos do que a fome pede, pegue mais. Não saia da mesa com fome e nem empanturrado.

Faça isso sempre que puder e comece a cultivar uma melhor relação com sua alimentação.

Beijos da Nutri | Giseli Reis CRN3 29082

nutricionista “sem dieta”!

É óbvio que todos nós associamos o nutricionista à dieta. E está certíssimo! Prescrição de dieta é atribuição privativa do nutricionista e está nos termos da Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991. Sendo está de atribuição privativa, significa que somente o nutricionista tem a prerrogativa e o conhecimento fundamental de fazê-la, excluindo-se quaisquer outros profissionais: coach, profissional da educação física, personal trainer, médico (Nutrólogo é médico – muita gente acha ser sinônimo de Nutricionista).

Próximo ponto é entender que a origem da palavra dieta vem do grego díaita e significa modo de viver. Mas com o tempo outros significados foram sendo atribuídos, como:

  • Quando diz respeito a alimentação habitual de (alimentos sólidos e líquidos) que uma pessoa ingere;
  • A indicação que o médico faz de que tipo de alimentação o doente ou convalescente (geralmente em ambiente hospitalar) está apto a receber: dieta enteral, parenteral, via oral – líquida, pastosa, geral, etc;
  • Referente a abstenção de certos alimentos para fins terapêuticos: por exemplo no tratamento da doença celíaca (condição autoimune) tem que haver a exclusão de alimentos que contenham glúten para que a doença não progrida;
  • Quando, na nutrição, faz-se referência a predominância de determinado tipo de alimento: dieta vegetariana, dieta ovo-lacto-vegetariana, dieta vegetariana estrita, etc;
  • Quando diz respeito ao tipo de alimentação ou preceitos alimentares característicos de certas populações, seja por motivos regionais, culturais, religiosos, etc.

E o “sem dieta” referido no título deste post chama atenção para a abordagem utilizada em minhas consultas também chamada “nutrição comportamental” ou “não prescritiva”. Que propõe trabalhar a alimentação do paciente de forma mais abrangente e humanizada, considerando não somente os aspectos biológicos, mas também os aspectos psicológicos, sociais e culturais que influenciam nossas escolhas alimentares. Se opondo desse modo ao que a palavra “dieta” costuma remeter: uma alimentação restrita a poucas opções e geralmente feita por um período para um emagrecimento que em 95% dos casos não se sustenta.

No acompanhamento nutricional sem dieta não há autoritarismo na relação nutricionista-paciente, e isso faz total diferença no protagonismo do paciente na construção de seus novos hábitos. O paciente participa de fato tomando decisões com o apoio do nutricionista, sem temer ser julgado, muito pelo contrário, está constantemente sendo ouvido e atendido.

Pode-se fazer uso de um plano alimentar, mas ele é apenas um dos recursos possíveis de serem usados ao longo do acompanhamento nutricional. E usando ou não um plano alimentar, a relação com a alimentação e com o corpo será sempre tratada sem mentalidade de dieta e fazendo uso de diário de auto observação, dinâmicas, atividades, etc.

Também não haverá restrições alimentares injustificadas. Emagrecimento não é justificativa para não comer alimentos com glúten, lactose, carboidrato, açúcar gordura, etc. Quando houver condição clínica que justifique restrição alimentar, essa será respeitada e trabalhada de maneira gentil (não traumática), muito provavelmente com uso de plano alimentar para trabalhar substituições e combinações, o que ajuda a aumentar a variedade de escolhas alimentares, para não comprometer nem a saúde, nem o relacionamento do paciente com a comida.

E ao parar de “fazer dieta”, dia após dia o paciente consegue trazer o foco, força e fé o olhar, o interesse e a motivação para a mudança dos hábitos. Dia após dia, vai resgatando a conexão com o próprio corpo, que as “dietas” roubaram, vai aprendendo a identificar e lidar com os gatilhos que o fazem comer mesmo sem fome. E dessa forma quebra o ciclo vicioso das dietas, do descontrole, do efeito sanfona. E passa a se alimentar “apenas” confiando nos sinais do próprio corpo, aproveitando cada momento da sua vida, com muita saúde, em paz com seu corpo e com a comida!

Já pensou em melhorar a sua relação com a comida e com o corpo, sem dieta? Comenta aqui.

Beijos da Nutri Giseli Reis | CRN3 29082

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As 3 possíveis soluções para o seu “vício” por doces!⁣

Quando a gente investiga e age na causa, fica muito mais fácil não cair de cara no açúcar. Então vamos lá:⁣⁣
⁣⁣
1️⃣ Corrigir carências de nutrientes aumentando a variedade do que você come, priorizando cores variadas de alimentos com o mínimo possível de alimentos industrializados. ⁣

Mas se você já faz isso, então está faltando rastrear sinais, sintomas e exames bioquímicos com acompanhamento Nutricional para fazer a reposição necessária. Estou aqui pra isso! 😉⁣⁣
⁣⁣
2️⃣ Quanto mais doce a gente come, mais doce queremos! Parece que o paladar vai ficando “viciado”, não é? ⁣

O jeito é reduzir gradualmente o açúcar adicionado, e se permitir saborear também o amargo e o ácido. Ex: retirar o açúcar do café e insistir até se acostumar. ⁣⁣
⁣⁣
Outros alimentos amargos são: chás verde, preto e mate, além de agrião, rúcula, almeirão, escarola, jiló, etc. ⁣⁣
⁣⁣
E dentre os ácidos estão o limão, laranja, abacaxi, ameixa fresca, etc. ⁣⁣
⁣⁣
As células da língua, onde sentimos os sabores, se renovam em poucos dias então confie você irá se adaptar.⁣⁣
⁣⁣
Não vale trocar o açúcar por adoçante, porque o sabor continua sendo doce!⁣⁣
⁣⁣
3️⃣ E não dá para ignorar que um docinho às vezes serve como carinho, agrado, distração. Ou seja, supre uma carência emocional. Se isso acontece as vezes, ok! ⁣

Mas se todos os dias o motivo de você comer o docinho sempre no mesmo horário (ou “o tempo todo”) for esse, é preciso tratar essa emoção de outra forma.⁣⁣
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Te ajudei com esse post? Então aproveita e compartilha com alguém que também pode se beneficiar! 💜⁣⁣
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Beijos da Nutri 😘

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