Dez Dicas Para Uma Alimentação Equilibrada (Dica 7)

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Não basta começar uma reeducação alimentar e não ter cuidados básicos na cozinha como os que serão descritos nesse post.

Portanto a dica de hoje é:

7. Manter a higiene pessoal, dos alimentos e dos utensílios

Se você costuma se aventurar na cozinha, seja por dever ou diversão, deve levar essa tarefa muito a sério! O alimento é fonte de saúde, mas se as condições de higiene durante o pré preparo, o preparo e o armazenamento não forem adequadas, pode haver contaminação e a saúde fica ameaçada.

Existem 3 tipos de contaminação: a microbiológica que é invisível aos nossos olhos, como a Salmonela; a física que ocorre pela presença de pedaços de esponjas cabelos, entre outros; e a química que é provocada por produtos químicos, tais como pesticidas, agrotóxicos e resíduos de desinfetantes.

Mas se você seguir os passos descritos adiante, não haverá maiores riscos de contaminação:

Primeiro: Lave as mãos

Umedeça as mãos e antebraços com água, use sabonete ou detergente neutro, massageie as mãos e antebraços por pelo menos 1 minuto, enxague bem e seque. Para garantir maior assepsia, aplique álcool gel anti-séptico.

Lave as mãos sempre que trocar de tarefa, por exemplo: ao atender o telefone ou a porta, mas ainda não tinha acabado a preparação, lave as mãos!

Outros detalhes não menos importantes: tenha unhas curtas e sem esmaltes, prenda sempre os cabelos e use touca ou bandana (que fica até estiloso!), não use adornos, principalmente nas mãos (anel, pulseira, relógio, etc), use um avental limpo sobre a roupa, prefira toalhas de papel para secar as mãos, não experimente a comida com as mãos, não prove os alimentos com o mesmo talher que será devolvido na panela, não fale sobre os alimentos, espirre, tussa, fume ou assobie, nunca manipule alimentos com ferimentos expostos, use um curativo.

Segundo: Escolha os utensílios adequados e higienize-os

Dentre os utensílios a serem utilizados, verifique se suas superfícies estam lisas, isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam favorecer a proliferação de bactérias, devido ao acúmulo de resíduos de alimentos e serem fontes de contaminação, tais como os utensílios de madeira: tábua, colher-de-pau, tigelas.

Os panos de tecido devem ter uso específico: um para secar as mãos e outro para secar a louça, e deverão ser trocados diariamente, agora se puder optar pelas tolhas de papel, você reduz ainda mais o risco de contaminação.

Atenção para as esponjas! Essas devem ser trocadas semanalmente, pois nela concentram-se resíduos de alimentos e umidade, tornando-se o foco ideal para a proliferação de bactérias, que irão contaminar nossas mãos, alimentos e demais utensílios.

A limpeza da pia não é menos importante: lave-a com detergente neutro e com uma pequena quantidade de água sanitária e use um rodo para retirar o excesso de água. Evite ter lixeira em cima da pia.

Terceiro: Lave os alimentos  

Siga o seguinte processo: lave folha por folha, legume por legume, fruta por fruta….criteriosamente em água corrente. A desinfecção irá garantir a exterminação dos microorganismos e deve ser feita por imersão dos hortifrutis em solução clorada por 15 a 30 minutos. Essa solução clorada consiste em 1 colher (sopa) rasa de água sanitária ou 2 colheres (sopa) rasa de hipoclorito de sódio a 1% em 1 litro de água. O vinagre não possui ação desinfetante. Não necessitam de desinfecção os alimentos cujas cascas não são consumidas, tais como: laranja, mexerica, banana, melancia, melão, mamão, cenoura, beterraba, mandioca, ovo e outros, basta lavá-los em água corrente.

No caso de alimentos ou ingredientes que não necessitam passar pelo processo de lavagem, avalie o prazo de validade e alteração no cheiro, cor e textura originais. Ao utilizar alimentos enlatados, lave a tampa da embalagem antes de abrí-los.

O que você achou disso tudo? Nada impossível né? É apenas uma questão de hábito, para garantir mais saúde!
Referências:
Portaria CVS n.06, de 10 de março de 1999.

Portaria 326 30/07/97 DOU: 01/08097 – SVS.

Dez Dicas Para Uma Alimentação Equilibrada (Dica 6)

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6. Evitar alimentos industrializados

Ao longo do século passado o mundo sofreu intensa modernização, e isso refletiu-se na produção e no consumo de alimentos. Basta ir no supermercado e ver quantas gôndolas de alimentos industrializados estão à disposição: biscoitos, barras de cereais, cereais matinais, molhos e caldos prontos, ketchup, mostarda, sopas e macarrões instantâneos, embutidos, misturas para preparo de alimentos, enlatados, sucos instantâneos…uma infinidade!

A oferta desses alimentos cheios de sabor e praticidade cresceu, e você, consumidor fadado à correria do dia-a-dia, acaba trocando os alimentos de verdade e ricos em nutrientes pelos produtos alimentícios ricos em aditivos químicos.

A adição desses químicos tem como princípio a redução do custo, a higienização, a maior durabilidade do produto e a satisfação do paladar, porém esse processamento provoca mudanças significativas na estrutura química do alimento e muitos nutrientes são perdidos.

Os aditivos químicos devem ser descritos no rótulo do produto como ingredientes. Esta descrição pode ser por extenso (agente de massa, antiespumante, antiumectante, antioxidante, corante, conservador, edulcorante, espessantes, geleificante, estabilizante, aromatizante, umectante, regulador de acidez,  acidulante, emulsionante/emulsificante, melhorador de farinha, realçador de sabor,  fermento químico, glaceante, agente de firmeza, sequestrante, estabilizante de cor, espumante) ou ser representado por numeração de acordo com o Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares (INS).

Exemplo de ingredinetes descritos por extenso e pelo INS.
Fonte: Macarrão Liggero Adria®.

Para garantir a segurança dos consumidores, o Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA – The Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) avalia o risco associado ao consumo de aditivos alimentares, contaminantes, toxinas de ocorrência natural e resíduos de medicamentos veterinários em alimentos e estabelece a Ingestão Diária Aceitável (IDA).

Alguns dos possíveis efeitos adversos relacionados ao consumo de aditivos químicos são:

  • Alergias: rinite, asma, urticária e angioedema;
  • Distúrbios de comportamento: irritabilidade, depressão, hiperatividade e transtorno de déficit de atenção;
  • Disfunção da tireóide: redução do metabolismo e ganho de peso;
  • Inflamação do tecido adiposo: celulite;
  • Produção aumentada de radicais livres: aumento do risco para doenças crônicas não transmissíveis como câncer.

O JECFA também recomenda que não sejam utilizados aditivos em alimentos para crianças menores de um ano, pois devido ao tamanho e imaturidade do organismo, elas seriam mais suscetíveis a esses efeitos adversos.

Já existem diversas marcas de alimentos sem aditivos químicos, como: Vitao®, Jasmine®, Tiaraju®, Mãe Terra®, Prima Horta®, Nutrigold®, Tivva®, Gran Amici®, Okoshi®, Via Pax®, Comarroz®, Monama®, Do Bem®, Queropoc®, Juxx®, entre outras que você mesmo pode encontrar ao analisar o rótulo.

Portanto, da próxima vez que for ao supermercado prefira os alimentos naturais e produtos sem aditivos.

“A informação acima não substitui recomendações nutricionais efetuadas por profissional capacitado. Consulte sempre seu nutricionista.”

 

Referências:

Portaria nº 540 – SVS/MS, de 27 de outubro de 1997 (DOU. DE 28/10/97)

ANVISA. Legislação: Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia.

CLASS NAMES AND THE INTERNATIONAL NUMBERING SYSTEM FOR FOOD ADDITIVES. CAC/GL 36-1989.

Clinical Nutrition. A functional approach. IFM, 2004.

Benac, N. US panel rejects calls for warning labels on link between food dyes and hyperactivity. CMAJ; 183(9):E533-4, 2011.

KLEINMAN RE; BROWN RT; CUTTER GR; el al. A research model for investigating the effects of artificial food colorings on children with ADHD. Pediatrics; 127(6):e1575-84, 2011.

POLÔNIO, MLT; PERES, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):1653-1666, ago, 2009.

CARVALHO, G; MARQUES, NCFR. Detoxificação e Biotransformação Hepática. in: PASCHOAL, V; NAVES, A; FONSECA, ABBL. Nutrição Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica.

COURY, ST; SILVA, DL; AZEVEDO, E. Aplicação dos Conceitos de Qualidade e Segurança dos Alimentos. in: SILVA, SMCS; MURA, JDP. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007.

Dez Dicas para uma Alimentação Equilibrada (Dica 5)

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Qual a sua maior tentação à mesa: Sal ou Açúcar?
Hoje vou abordar a quinta dica da sequência (clique aqui para ler a dica anterior).
5. Reduzir o consumo de sal e açúcar
Sal
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2008/2009), cada brasileiro consome cerca de 12 gramas de sal por dia  e essa quantidade é o dobro do que recomenda a Organização Mundial de Saúde: 5g/dia que equivale a  uma colher de chá ou a 5 saches comerciais de sal.

O sódio está na composição do sal de cozinha é um dos conservantes mais usados pela indústria alimentícia e, apesar de ser um mineral, em excesso é responsável por sintomas e doenças como:

  • Retenção de líquido
  • Aumento da pressão arterial
  • Disfunções renais 
  • Doenças cardiovasculares

No ano passado (2011), o Ministério da Saúde e entidades do setor da industria de alimentos assumiram o compromisso de estabelecer metas de redução do uso de sódio nos produtos comercializados. O objetivo é que 8 milhões de toneladas de sódio deixem de ser adicionadas aos alimentos até 2020. Esta redução será aplicada à temperos e caldos, cereais matinais, margarinas, pães, mistura para bolos, salgadinhos de pacote, biscoitos e maionese.

Enquanto os órgãos públicos e privados lentamente fazem a parte deles, que tal você começar a fazer essa redução na sua casa e no seu dia-a-dia:

  • Utilize mais temperos naturais (frescos ou desidratados) como orégano, salsa, cebolinha, manjericão, alecrim, tomilho, hortelã, cebola, pimenta, alho, páprica, curry, cúrcuma, etc. A aromatização e o sabor mais acentuado colaboram para que a necessidade de adicionar sal seja reduzida.
  • Substitua o sal comum pelo sal marinho, que é mais rico em nutrientes e contém menos conservantes. Mas jamais opte pelo glutamato monossódico, por isso cuidado com o consumo do molho de soja!
  • Evite temperos prontos (cubo ou pó). Sendo possível prepare você mesmo o seu caldo de carne/galinha/peixe/legumes e congele em cubos.
  • Evite consumir carnes e queijos muito salgados, bem como produtos enlatados na salmoura.
  • Reduzir a ingestão de alimentos industrializados ou leia o rótulo e escolha aquele que tenha menor quantidade de sódio por porção.
Açúcar

É crescente o consumo de “açúcares de adição” (açúcar de mesa, de uso culinário e presentes nos alimentos industrializados) e produtos industrializados já adoçados como refrigerantes e sucos e em contrapartida vem sendo reduzido o consumo dos alimentos protetores, tais como frutas, verduras, legumes e cereais integrais.

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF-IBGE 2008/2009), 61% da população excede o limite de ingestão diária de açúcar, que segundo o Ministério da Saúde, deve limitar-se a 10% da ingestão total de calorias diárias.

E assim o açúcar em excesso tem também seu preço para a saúde:

  • Cáries devido a corrosão do esmalte dos dentes por ácidos resultantes do metabolismo dos açúcares por bactérias.
  • Comprometimento da auto-regulação do balanço energético (fome/saciedade), devido a menor ingestão de micronutrientes (vitaminas e minerais).
  • Aumento da concentração de triglicerídeos e diminuição da concentração da HDL (colesterol ‘bom’) que reflete um quadro de resistência à insulina caracterizada pelo aumento da circunferência abdominal e possível progressão para o diabetes do tipo 2.
Mais uma vez, sugiro você a começar a agir em sua casa e no seu dia-a-dia:
  • Reduza gradativamente a quantidade de açúcar de adição do café, do suco, do chá e o mesmo vale para o açúcar de preparações culinárias.
  • Substitua o refrigerante e o suco industrializado (de caixinha ou em pó) por suco de fruta natural sem açúcar e se for necessário adoçar, faça-o você mesmo. Os sucos mais docinhos costumam ser: laranja, melancia e uva.
  • Substitua o açúcar refinado por opções menos processadas e ricas em nutrientes como o açúcar demerara, mascavo e até mesmo o mel.
  • Troque os biscoitos doces dos lanches intermediários e as sobremesas açucaradas por frutas. Enriqueça sua fruta com canela e cravo, asse-a ou cozinhe por alguns minutos, ou faça a boa e prática salada de frutas, com um fio de mel e algumas nozes (hummmm, deu até água na boca!).

“A informação acima não substitui recomendações nutricionais efetuadas por profissional capacitado. Consulte sempre seu nutricionista.”


Referências:
SARNO, F, et al. Consumo de sódio e síndrome metabólica: uma revisão sistemática. Arq Bras Endocrinol Metab. 53/5. 2009.
Agência de Notícias do Paraná: Campanha para redução de consumo de sal é lançada no Paraná. Saúde. 05 de nov. de 2012.
Portal Brasil. Brasil reduz teor de sódio de alimentos. 20 de ago. de 2012.

CRN5 Conselho Regional de Nutricionistas. Aprenda a diminuir o consumo de sal.  
Portal Brasil. Saúde alerta que brasileiro consome excesso de sal, açúcar e gorduras saturadas. 28 de jul. de 2011.
LEVY, R.B., et al. Disponibilidade de “açúcares de adição” no Brasil: distribuição, fontes alimentares e tendência temporal. Rev Bras Epidemiol. 15(1): 3-12. 2012. 

Dez Dicas Para uma Alimentação Equilibrada (Dica 4)

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Quantas vezes na semana você tem comido carne vermelha?

Se a sua resposta foi ‘todos os dias’ ou ‘quase todos os dias’, recomendo que você leia atentamente esse post!

Dando continuidade à sequência de dicas

4. Consumir carne vermelha com moderação

Vou começar deixando claro que carne vermelha incluí não somente a carne bovina, mas também a de cordeiro/carneiro, vitela, porco e seus respectivos embutidos como presunto e salsicha.

De modo geral, muitos estudos recentes vêm relacionando o consumo elevado de carne vermelha ao aumento do risco de diabetes, doenças do coração e alguns tipos de câncer. Mas como esses riscos podem parecer remotos para muitos, me preocupei também em citar algumas outras desordens possíveis dentre as quais você poderá até se identificar atualmente.

 Provavelmente a primeira informação que deve ter vindo à sua mente quando anunciei essa dica foi:
– “Já sei, tudo isso porque a carne vermelha é fonte de gordura saturada e colesterol!”  Está correto dizer que ela é rica em gordura saturada e colesterol, porém retirar a gordura aparente e escolher as partes magras ainda não amenizam os riscos para as doenças citadas acima, pois as carnes vermelhas contém componentes tóxicos adquiridos devido ao cozimento em alta temperatura como compostos nitrosos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e aminas heterocíclicas que em excesso no organismo são pró-oxidantes e podem ocasionar alteração das funções de nossas células.

Além disso, carne em excesso é fonte de proteína em excesso, que em nosso organismo provoca acidez sanguínea, deficiência de cálcio, digestão estagnada, desequilíbrio da microbiota intestinal (popularmente conhecida como flora intestinal). E os sinais clínicos podem ser, constipação, cálculos renais, osteoporose, entre outros.

Depois de elucidar muitos pontos negativos relacionados ao consumo exagerado de carne vermelha gostaria de deixar claro que ela não precisa ser banida da sua sua vida para que você tenha uma alimentação saudável, mas seria bom que o consumo fosse limitado a 2 dias na semana e na quantidade de 100 a 125g/dia (um bife pequeno). Nas demais refeições varie entre peixe, frango, ovo, quinoa, amaranto e arroz com feijão, como boas fontes de vitaminas, minerais e aminoácidos.


“A informação acima não substitui recomendações nutricionais efetuadas por profissional capacitado. Consulte sempre seu nutricionista.”

Referências:

PASCHOAL, V; NAVES, A; FONSECA, ABBL. Nutrição Clínica Funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo: VP Editora.

An Pan, et al. Red Meat Consumption and Mortality. Arch Intern Med. Published online March 12, 2012.
http://www.natap.org/2012/newsUpdates/032912_02.htm

ORNISH, D. Holy Cow! What’s Good for You Is Good for Our Planet. Arch Intern Med. Published online March 12, 2012. http://www.natap.org/2012/newsUpdates/032912_02.htm

What’s the beef with red meat? Why too many burgers and steaks might shorten your life. Chicago Tribune: Health. http://www.chicagotribune.com/health/sns-201211131500–tms–premhnstr–k-f20121114-20121114,0,2749681,full.story

Dez Dicas Para Uma Alimentação Equilibrada (Dica 3)

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Dando continuidade à sequência de dicas

3. Comer alimentos regionais, sazonais, naturais e variados

Alimentos Regionais, Sazonais e Orgânicos

O Brasil é um país de diversidades e o mesmo vale para os alimentos cultivados. As diferentes regiões territoriais apresentam clima e solo de características únicas que propiciam o cultivo de diversos tipos de vegetais (frutas, hortaliças, grãos, cereais, oleaginosas, sementes), bem como a criação de animais (peixes, aves, gado, suínos entre outros).

Já se foram os dias que tínhamos as estações climáticas bem definidas: verão, outono, inverno e primavera. Mas elas existem e tornam previsíveis (dentro do possível) os tipos de safras que estarão disponíveis para o consumo.  Aproveitando que estamos em meados de novembro, a caminho de dezembro, algumas das frutas da época são: abacaxi (havaí e pérola), banana (prata), tangerina (murcot), laranja (pera), limão (taiti), mamão (havaí), manga, melancia, melão amarelo, nectarina e pêssego. Clique aqui e confira mais alimentos na tabela do CEAGESP.
A agricultura orgânica não faz uso de agrotóxicos ou de sementes trangênicas e respeita a sazonalidade e regionalidade dos vegetais. Os animais são criados sem o uso de hormônios, anabolizantes e antibióticos.
   
Atualmente os alimentos vegetais mais contaminados por agrotóxicos são: pimentão, morango, pepino, cenoura, abacaxi, beterraba, couve e mamão.

Os legumes e verduras orgânicos são encontrados mais facilmente e em maior variedade do que as frutas. Enquanto dentre os animais, encontramos com mais facilidade frango e ovo, apesar de já existir criação orgânica de gado. O cultivo e produção orgânicos têm custo mais elevado pois, apesar de estar crescendo, ainda é uma produção em pequena escala e isso se reflete no preço para o consumidor. Mas os preços mais elevados são compensados pelo sabor e durabilidade desses alimentos, somados à segurança para a nossa saúde e para o meio ambiente.   

Variedade

Ao variar os alimentos, estamos variando os nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais) ingeridos. O prato fica, obviamente mais nutritivo mas fica também mais colorido, atraente e saboroso.

Para variar é preciso um pouco de curiosidade e criatividade. Diversifique as frutas dos seus lanches intermediários, não se limite a mesma maçã todos os dias, existem pêra, banana, mamão, melão, ou então uma salada de frutas, vale até frutas secas ou desidratadas. Multiplique as cores da sua salada, não fique somente no tomate e alface, procure ter quatro cores diferentes de hortaliças, por exemplo: alface, rúcula, cenoura e beterraba. O mesmo vale para as carnes (peixes, aves, boi, porco e outras) ou alimentos fontes de proteínas como o ovo. Varie também o modo de preparo e não fique somente no frango grelhado. Já pensou em variar o tipo de feijão? Ou se você não gosta de feijão, que tal experimentar outras opções do mesmo grupo como: lentilha, grão-de-bico, ervilha, vagem, etc. Outro grupo que pode ser variado é o dos cereais, troque o arroz branco pelo arroz cateto, integral, multigrãos, quinoa.

Esses foram só alguns exemplos de como sua alimentação saudável pode ficar muito mais interessante.

“A informação acima não substitui recomendações nutricionais efetuadas por profissional capacitado. Consulte sempre seu nutricionista.”

Dez Dicas Para Uma Alimentação Equilibrada

Esse tema marca o início de uma sequência de posts para as próximas semanas.

Tudo o que vocês virão listado abaixo irá parecer muito óbvio…mas será que vocês fazem tudo isso mesmo? Cada objetivo será tema de um post no qual irei detalhar e justificar com base científica.

1. Fazer de quatro a seis refeições por dia com intervalos de 2h30 a 3h, sendo três refeições principais (desjejum, almoço e jantar) e mais 3 intermediárias (lanche da manhã, lanche da tarde e ceia)

2. Fazer das refeições um momento agradável

3. Comer alimentos regionais, sazonais, naturais e variados

4. Consumir carne vermelha com moderação

5. Reduzir o consumo de sal e açúcar

6. Evitar alimentos industrializados

7. Manter a higiene pessoal, dos alimentos e dos utensílios

8. Preferir preparações cozidas em água ou no vapor, ou preparadas com pouco óleo vegetal

9. Ingerir bastante líquido

10. Manter-se fisicamente ativo

Até logo!

“A informação acima não substitui recomendações nutricionais efetuadas por profissional capacitado. Consulte sempre seu nutricionista.”

Mais Dicas e Informações no Instagram @nutricionistagiselireis

Nutrição Funcional

A Nutrição Funcional é uma maneira dinâmica de abordar, prevenir e tratar as mais variadas desordens de saúde através da detecção e correção dos desequilíbrios causados por estímulos externos como a alimentação inadequada, a água que bebemos, o ar que respiramos, os exercícios físicos e as alterações emocionais.

A ALIMENTAÇÃOé um dos fatores que mais influenciam a nossa QUALIDADE DE VIDA!

Atualmente tem-se considerado saudável o alimento que apresente ausência de gorduras, açúcar e calorias, enquanto deveria ser valorizada a qualidade dos nutrientes naturalmente presentes nos alimentos.

A falta ou o excesso de qualquer nutriente pode levar ao desequilíbrio do seu organismo, levando a distúrbios que se manifestam por sintomas ou até mesmo doenças: enxaqueca, insônia, depressão, hiperatividade, alterações de humor, ansiedade, compulsões, irritabilidade, problemas gastrointestinais (refluxo, gastrite, úlceras, dificuldade para evacuar, prisão de ventre, diarreia), rinite, sinusite, dores musculares e articulares, cansaços, alergias, hipertensão arterial, obesidade, doenças autoimunes como diabetes, câncer, Alzheimer, artrite reumatóide entre outras.

Além da qualidade dos alimentos, é preciso garantir o seu “processamento” (mastigação, digestão e absorção) para que seus nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos e compostos bioativos) sejam eficientemente utilizados pelas funções orgânicas, além de garantir que todas as substâncias não aproveitadas ou tóxicas sejam eliminadas (excreção).

Portanto com uma alimentação adequada e entendendo o funcionamento do seu organismo, você poderá recuperar e/ou manter o controle sobre ele, atingindo o ótimo estado de saúde, com a possibilidade de não precisar depender de remédios e seus efeitos colaterais, obtendo Qualidade de Vida!

Como funciona o tratamento?
O tratamento tem como objetivo oestado ótimo de saúde (independente se você está doente ou não) e sempre considerando suas características únicas, pois apesar de haver semelhança entre nós, não reagimos de maneira igual aos estímulos externos.

Fonte: CENTRO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO FUNCIONAL.